segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Diário de um cão



1ª semana: Hoje completei uma semana de vida. Que alegria ter chegado a este mundo!

1 mês: Minha mamãe cuida muito bem de mim. É uma mãe exemplar!

2 meses: Hoje me separaram de minha mamãe. Ela estava muito inquieta e, com seu olhar, disse-me adeus. Espero que a minha nova “família humana ” cuide tão bem de mim como ela o fez.

4 meses: Cresci rápido; tudo me chama a atenção. Há várias crianças na casa e para mim são como “irmãozinhos”. Somos muito brincalhões, eles me puxam o rabo e eu os mordo de brincadeira.

5 meses: Hoje me deram uma bronca. Minha dona se incomodou porque fiz “pipi” dentro de casa. Mas nunca me haviam ensinado onde deveria fazê-lo. Além do que, durmo no hall de entrada. Não deu para agüentar. 



8 meses: Sou um cão feliz! Tenho o calor de um lar; sinto-me tão seguro, tão protegido… Acho que a minha família humana me ama e me consente muitas coisas. O pátio é todinho para mim e, às vezes, me excedo, cavando na terra como meus antepassados, os lobos quando escondiam a comida. Nunca me educam. Deve ser correto tudo o que faço!

12 meses: Hoje completo um ano. Sou um cão adulto. Meus donos dizem que cresci mais do que eles esperavam. Que orgulho devem ter de mim!

13 meses: Hoje me acorrentaram e fico quase sem poder movimentar-me até onde tem um raio de sol ou quando quero alguma sombra. Dizem que vão me observar e que sou um ingrato. Não compreendo nada do que está acontecendo.

15 meses: Já nada é igual… Moro na varanda. Sinto-me muito só. Minha família já não me quer! Às vezes esquecem que tenho fome e sede. Quando chove, não tenho teto que me abrigue…

16 meses: Hoje me desceram da varanda. Estou certo de que minha família me perdoou. Eu fiquei tão contente que pulava com gosto. Meu rabo parecia um ventilador. Além disso, vão levar-me a passear em sua companhia! Nos direcionamos para a rodovia e, de repente, pararam o automóvel. Abriram a porta e eu desci feliz, pensando que passaríamos nosso dia no campo. Não compreendo porque fecharam a porta e se foram. “Ouçam, Esperem!” lati… se esqueceram de mim… Corri atrás do carro com todas as minhas forcas. Minha angústia crescia ao perceber que quase perdia o fôlego e eles não paravam. Haviam me esquecido.

17 meses: Procurei em vão achar o caminho de volta ao lar. Estou e sinto-me perdido! No meu caminho existem pessoas de bom coração que me olham com tristeza e me dão algum alimento. Eu lhes agradeço com o meu olhar, desde o fundo de minha alma. Eu gostaria que me adotassem: seria leal como ninguém! Mas somente dizem: “pobre cãozinho, deve ter se perdido.”



18 meses: Um dia destes, passei perto de uma escola e vi muitas crianças e jovens como meus “irmãozinhos”. Aproximei-me e um grupo deles, rindo, me jogou uma chuva de pedras “para ver quem tinha melhor pontaria”. Uma dessas pedras feriu-me o olho e desde então, não enxergo com ele.

19 meses: Parece mentira quando estava mais bonito, tinham compaixão de mim. Já estou muito fraco; meu aspecto mudou. Perdi o meu olho e as pessoas me mostram a vassoura quando pretendo deitar-me numa pequena sombra.

20 meses: Quase não posso mover-me! Hoje, ao tentar atravessar a rua por onde passam os carros, um me jogou! Eu estava no lugar seguro chamado “calçada”, mas nunca esquecerei o olhar de satisfação do condutor, que até se vangloriou por acertar-me. Quisera que tivesse matado! Mas só me deslocou as cadeiras! A dor é terrível! Minhas patas traseiras não me obedecem e com dificuldade arrastei-me até a relva, na beira do caminho…

Faz dez dias que estou embaixo do sol, da chuva, do frio, sem comer. Já não posso mexer-me! A dor é insuportável! Sinto-me muito mal; fiquei num lugar úmido e parece que até o meu pelo esta caindo…Algumas pessoas passam e nem me vêem; outras dizem: “não chegue perto”. Já estou quase inconsciente; mas alguma força estranha me faz abrir os olhos. A doçura de sua voz me fez reagir. “Pobre cãozinho, olha como te deixaram”, dizia… junto com ela estava um senhor de avental branco. Começou a tocar-me e disse: “Sinto muito senhora, mas este cão já não tem remédio”. É melhor que pare de sofrer”.

A gentil dama, com as lágrimas rolando pelo rosto, concordou. Como pude, mexi o rabo e olhei-a, agradecendo-lhe que me ajudasse a descansar. Somente senti a picada da injeção e dormi para sempre, pensando em porque tive que nascer se ninguém me queria...
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

ESCORPIÕES

Estava fazendo minhas unhas quando me deparei com um escorpião no chão da minha sala. Na hora tive um momento de pânico, pois apesar de pequenininhos e bonitinhos, o escorpião negro é um dos mais que preocupam.
E agora, o que fazer? Vi que ele estava pronto para atacar, de certo se assustou com um monte de gente pulando e gritando em volta dele, pois é, imaginou se ele sai correndo atrás de nós? E correm, correm muito! O escorpião é um animal invertebrado artrópode e se encaixa na classe dos aracnídeos. Me dá um medo só de pensar que tem um dentro no meu quarto, num vidrinho... Sim, eu peguei ele para estudar sobre os escorpiões, está lá, com uma baratinha que eu mesma matei e dei à ele, sem contar que além de baratas, eles comem também moscas, grilos, cupins, mutucas e aranhas. E olha que interessante, os escorpiões praticam o canibalismo, ou seja, em falta de alimento, o meu parceiro mata minha fome! É, isso mesmo...


Apesar de conseguirem grande quantidade de alimento, conseguem sobreviver apenas com 10%  da comida que necessitam, podendo ficar até 1 ano sem comer e com pouquíssima água.
As quelíceras são umas pequenas garras que saem da boca, muito afiadas por sinal, que são usadas para retirar pequenos pedaços de alimentos da sua presa e coloca-los na boca. O escorpião só digere a matéria líquida, rejeitando a matéria sólida (pêlo, exoesqueleto, etc.).


Os predadores naturais do escorpião são as lacraias, louva-deus, macacos, aranhas, quatis, sapos, lagartos, seriemas, camundongos, gaviões, corujas, galinhas, algumas formigas e como tinha dito, o próprio escorpião.
Parando para pensar, os escorpiões são sozinhos, não é? Se nem na própria espécie eles podem confiar, não têm nenhum parceiro. hehe

Reprodução

A reprodução da grande maioria das espécies é assexuada, exigindo a intervenção de machos e fêmeas. Porém, algumas espécies possuem reprodução monóica, ou seja, não exige a presença de machos. Neste processo, os óvulos não fertilizados dão origem a embriões vivos.
Os escorpiões fazem a dança do acasalamento, é, a famosa dancinha, hehe.
São vivíparos, ou seja, não põem ovos. Podem gerar de 6 a 90 filhotes e o tempo de gestação varia com a temperatura, espécie e alimentação da mãe, podendo estar entre 2 meses e 2 anos. Os filhotes nascem completamente brancos e por meio de parto, através de uma fenda genital.


Características físicas

O corpo dos escorpiões é dividido em prosomo (cefalotórax), mesossomo e metassomo.
Algumas espécies atingem dimensões da ordem dos 30 cm e chegam a capturar até pequenos vertebrados (lagartos, rãs e roedores). Os artrópodes possuem esqueleto externo (um exoesqueleto), uma estrutura dura, quitinosa, que reveste seu corpo. Os aracnídeos são artrópodes sem antenas, com quatro pares de patas torácicas e um par de palpos. Respiram por meio de filotraquéias, pulmões foliares, como páginas de um livro. Seu corpo é dividido em cefalotórax e abdômen.
Os escorpiões diferem dos outros aracnídeos por terem palpos compridos, além da característica cauda longa e perigosa. Os palpos funcionam como pinças grandes e poderosas, que podem ser usadas para segurar e dominar suas presas. São muito sensíveis ao tato e ao deslocamento do ar, devido à presença de cerdas muito longas e finas.Os escorpiões também podem possuir maior número de olhos que outros aracnídeos, algumas espécies chegando a possuir até seis pares, embora não seja comum.


Veneno e toxicidade
O ferrão do escorpião (chamado de telson), além de servir para agarrar a presa, se defender, e no acasalamento, inocula na presa um veneno. Este veneno contém uma série de substâncias cuja composição química não está bem definida, porém contém neurotoxinas, histaminas, seratonina, enzimas, inibidores de enzimas, e outras. Parece, segundo os pesquisadores, que as neurotoxinas agem sobre as células nervosas da presa, com uma certa especificidade, dependendo do tipo de animal.


É interessante saber que a toxicidade do veneno de um escorpião pode ser comparada com o tamanho de seus pedipalpos (o equivalente ao braço humano do escorpião); quanto mais robustos os pedipalpos, menos o escorpião utiliza-se do veneno para com suas presas e quanto menores eles forem, mais o veneno do escorpião pode ser letal às suas presas. 
O veneno de escorpiões do tipo Tityus serrulatus, que parece ser o veneno mais tóxico de todos os escorpiões da América do Sul, age sobre o sistema nervoso periférico dos humanos, causando dor, pontadas, aumentando a pulsação cardíaca e diminuindo a temperatura corporal. Estes sintomas, devido ao seu peso corporal, são mais acentuados em crianças, e devido às condições físicas, aos idosos. Todos os escorpiões são venenosos, porém apenas 25 espécies podem ser mortais aos humanos. Sua ferroada assemelha-se em grau de toxicidade da ferroada de uma abelha.

Apenas um recado: se aparecer na sua casa, não mate! ligue para algum laboratório especializado e eles saberão o que fazer.
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

PINGUINS

Um pinguim é uma ave da família Spheniscidae, não voadora, característica do hemisfério Sul, em especial na Antártida e ilhas dos mares austrais, chegado à Terra do Fogo, Ilhas Malvinas e África do Sul, entre outros.Apesar da maior diversidade de pinguins se encontrar na Antártida e regiões polares, há também espécies que vivem nos trópicos como por exemplo nas Ilhas Galápagos. A morfologia dos pinguins reflete várias adaptações à vida no meio aquático: o corpo é fusiforme (chama-se fusiforme a um objeto ou organismo em forma de fuso, ou seja, alongado e com as extremidades mais estreitas que o centro)as asas atrofiadas desempenham a função de barbatanas e as penas são impermeabilizadas através da secreção de óleos.



 Os pinguins alimentam-se de pequenos peixes,krill e outras formas de vida marinha, sendo por sua vez vítimas da predação de orcas e focas-leopardo. Os primeiros pinguins apareceram no registo geológico do Eocénico.
O pinguim é uma ave marinha e excelente nadadora. Chega a nadar com uma velocidade de até 45 km/h e passa a maior parte do tempo na água.

Anatomia

Pinguins são muito adaptados à vida marinha. As asas vestigiais são inúteis para vôo no ar, na água são muito ágeis. Na terra, os pinguins usam a cauda e asas para manter o equilíbrio na postura ereta. Todos os pinguins possuem uma coloração por contraste para camuflagem. Possuem uma camada isolante que ajudam a conservar o calor corporal na água gelada antártica. 
O Pinguim-imperador possui a maior massa corporal de todos os pinguins, o que reduz ainda mais a área relativa e a perda de calor. Eles também são capazes de controlar o fluxo de sangue para as extremidades, reduzindo a quantidade de sangue que esfria mas evitando as extremidades de congelar. Eles frequentemente agrupam-se para conservar o calor e fazem rotação de posições para que cada pinguim disponha de um tempo no centro do bolsão de calor.


Eles podem ingerir água salgada porque as glândulas supraorbitais filtram o excesso de sal da corrente sanguínea. O sal é excretado em um fluido concentrado pelas passagens nasais.

Alimentação

A dieta dos pinguins dos gêneros AptenodytesMegadyptesEudyptula e Spheniscus consiste principalmente em peixes . O gênero Pygoscelis fundamentalmente de plâncton. A dieta do género Eudyptes é pouco conhecida, mas acredita-se que muitas espécies alimentam-se de plâncton. Em todos os casos a dieta é complementada com cefalópodes e plâncton.

Reprodução

Há espécies de pinguins cujos pares reprodutores acasalam para toda a vida enquanto que outros fazem-no apenas durante uma época de reprodução. Normalmente, os progenitores cooperam nos cuidados com os ovos e com os juvenis. A forma do ninho varia, segundo a espécie de pinguim: alguns cavam uma pequena fossa, outros constroem o ninho com pedras e outros utilizam uma dobra de pele que possuem ventralmente para cobrir o ovo.
Normalmente, o macho fica com o ovo e mantém-no quente, e a fêmea dirige-se para o mar com vista a encontrar alimento. Quando no seu regresso, o filhote terá alimento e então os papéis invertem-se: a fêmea fica em terra e o macho vai à procura de alimentos.


Vida na água

Na água do mar, estão sempre fazendo muito barulho e sempre reunidos em grupos numerosíssimos. Realizam todas as funções vitais, mesmo dormir. Flutuam facilmente graças a grande quantidade de gordura e nadam com rapidez, usando apenas as nadadeiras, servindo as patas como leme. São muito especializados para o mergulho; suas asas rígidas assemelham-se às aletas de outros vertebrados nadadores. Costumam passar a maior parte do tempo na água, nadando com a ajuda das asas.

Calminhos

São muito mansos e só agridem o homem quando ele se aproxima demais do lugar onde foram postos os ovos e onde são criados os filhotes. São divertidos, simpáticos e curiosos. Se capturados ainda jovens, são facilmente domesticados, podendo até afeiçoar-se a quem os trata.



Pingüim-de-Barbicha


Pingüim-De-Olho-Amarelo



Classificação científica

Reino - Animal

Sub-reino - Metazoa (metazoários)

Filo - Chordata (cordados)

Subfilo - Vertebrata (vertebrados)

Classe - Aves

Ordem - Sphenisciformes (esfenisciformes)

Gêneros e Espécies - vários



Já imaginou estes bichinhos sem casa? Já imaginou o dia que não existirem mais? Comece a pensar nisso!






"A vida é valor absoluto. Não existe vida menor ou maior, inferior ou superior. Engana-se quem mata ou subjuga um animal por julgá-lo um ser inferior. Diante da consciência que abriga a essência da vida, o crime é o mesmo."
(Olympia Salete)